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Ladeiras da Memória: Uma intervenção negro-literária na paisagem

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Prof. Abilio Ferreira

Abilio Ferreira é escritor e jornalista, especialista em Cidades, Planejamento Urbano e Participação Popular pela UNIFESP e mestrando no Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades da FFLCH/USP. Organizou o livro Tebas: um negro arquiteto na São Paulo escravocrata (abordagens), lançado em março de 2019, e coordena o Instituto Tebas de Educação e Cultura, bem como o Movimento pela Preservação e Valorização do Sítio Arqueológico dos Aflitos, no bairro paulistano da Liberdade.

Ementa

O curso tem por objetivo discutir a existência de uma subjetividade negro-literária que intervém na paisagem, incidindo nas relações de poder que histórica e sistematicamente disputam o direito fundamental à literatura e à memória.
Ao convidar o público participante a mobilizar os conceitos de "intervenção" e de "paisagem" mediados pela ideia de “subjetividade negro-literária", o curso articula diferentes campos teóricos das ciências sociais, ao mesmo tempo em que adiciona valor à experiência prática acumulada pelas pessoas nos territórios.
O desenvolvimento da subjetividade negro-literária no Brasil, inaugurado há mais de um século e meio por Maria Firmina dos Reis (1822-1917) e Luiz Gama (1830-1882), é um processo de descolonização do imaginário brasileiro. Ao publicarem, respectivamente, no mesmo ano de 1859, o romance Úrsula, em São Luiz do Maranhão, e o livro de poemas Primeiras trovas burlescas de Getulino, em São Paulo, ambos se tornaram as primeiras vozes negras da história da literatura brasileira.

Conteúdo

1) A Ladeira da Memória e a paisagem (1º e 2º encontros)
Textos:
- A caçada, poema do livro Paulicéia desvairada, de Mário de Andrade (1922)
- Dedicatória, poema do livro Negro preto cor da noite, de Lino Guedes (1936)
- passagem de A ladeira da memória, romance de José Geraldo Vieira (1950)
-As cinco portas da paisagem, 1º capítulo do livro O gosto do mundo: exercícios de paisagem, de Jean- Marc Besse (2014)


2) A subjetividade negro-literária (3º e 4º encontros)
Textos:
- Maria Firmina dos Reis e o projeto nacionalista literário no século XIX, artigo de Laísa Marra
- Luiz Gama por Luiz Gama: carta a Lúcio de Mendonça, artigo de Lígia Fonseca Ferreira

 

3) O direito à literatura e à memória (5º e 6º encontros)
Textos:
- Literatura negro-brasileira, livro de Cuti (2010)
- O direito à literatura, artigo de Antonio Candido (1988)


4) Relato e discussão de vivência prática no território (7º e 8º encontros)
- Nesses dois últimos encontros, as pessoas participantes do curso mobilizarão o conteúdo discutido nos seis primeiros encontros para relatar, por meio de uma monografia, a sua própria experiência no território

Quando?

Terças-feiras, das 19h às 21h

Maio/2021: dias 04, 11, 18, 25

Junho/2021:  dias 1, 8, 15, 22

Investimento

 

Valor social R$ 80
Valor justo R$ 100
Valor ideal R$ 120

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